terça-feira, agosto 28, 2007

O Último Rei da Escócia


Quando aluguei "O Último Rei da Escócia" pensei logo: mais um filme de África. Pesado. Crianças subnutridas. Prostituas aidéticas. Preconceito! Preconceito e mais PRECONCEITO. Pois é... estava muito enganada. O filme me surpreendeu. Não só pela bela atuação que rendeu ao Forest Whitaker o Oscar de melhor ator. Foi o ritmo da narrativa que me encantou. Um protagonista europeu que vai para a Uganda e passa mais tempo jogando bola, transando com as nativas do que trazendo a salvação. E olha que ele é médico... E o vilão? Não tem nada mais carismático que o ditador Idi Amin com seu jeito de criança. E nem nada mais medonho... (citando o filme). Tiro meu chapéu ao diretor Kevin Mcdonald e aos roteiristas Jeremy Brock e Peter Morgan: uma história muito bem narrada que nos envolve do começo ao fim. O melhor é saber que tudo aconteceu...


Carolina Garcia

Mundo da arte

As pessoas encontram-se orientadas para algum tipo de mundo social, independente de qual for o centro de interesse em torno do qual se organiza ou a rotina convencional de suas atividades coletivas.
A frase de Howard Becker: “o mundo da arte espelha a sociedade mais ampla na qual está inserida” conota-se dentro de uma compreensão mais geral e uma mais particular. A geral seria que os modelos artísticos estão inseridos e são reproduções dos modelos sociais. O mundo da arte dialoga com um mundo mais amplo através de um processo que é responsável por produzir uma unidade: cultura.
Partindo para considerações mais particulares, pode-se acrescentar sobre a frase do Becker a partir dos modelos de profissionais.
Os “artistas inconformistas” mantêm de alguma maneira relações com o mundo artístico convencional. Procura orientar-se nas mudanças de algumas das convenções, mas termina aceitando outras. Um personagem da sociedade artista que representa os inconformistas são os vanguardistas, que procuram quebrar o novo, montar uma nova tradição. Contudo, essa nova tradição estará carregada de elementos de mementos anteriores. Por mais transgressor que uma pessoa possa ser é impossível haver o rompimento de todas as convenções.
Os “artistas ingênuos”, também, encontram-se na relação com o mundo artístico convencional. Os artistas NAIF representam esse grupo, já que possuem um estilo E, ao falarmos disso, percebe-se que não é o caráter do trabalho em si, mas sim pelo fato de ter sido realizado sem referência às imposições das convenções de seu tempo. A questão é como aquele trabalho produzido por artistas “ingênuos” vai ser interpretado e como vai dialogar com o mundo. Ela faz parte de um grupo que acaba influenciando e sendo influenciado por ativos sociais.
A “Arte popular” não objetiva seguir um padrão estabelecido, faz-se necessário apenas ter o mínimo de qualidade. Por isso pode-se dizer que isso é uma necessidade pertencente ao mundo social na qual está inserido.
Os “integrados” fazem parte de mais um grupo que de alguma forma está de acordo com o todo social. São representados por pintores de ruas até grandes artistas. Esses sim mantêm uma mesma linha de raciocínio com o sistema vigente, na medida se tornam produtores de rotina.
Todos esses tipos de profissional-artista\artistas fazem parte de um mundo que dita regras e seguem regras ditadas. Elas são inerentes aos grupos sociais pelos quais as pessoas buscam se espelhar ou refutar. Esse processo de afirmação ou refutação permite através de um processo reflexivo não a formação de um novo mundo, mas sim sua transformação.

Nosso espaço!

Tire da gaveta aquele texto que você escreveu há dois anos, aquela música que você fez, aquele poema feito para participar de um concurso e, na última hora, você desistiu. Opine sobre a política, sobre o "pé sujo" perto da sua casa, sobre um restaurante onde comeu e gostou. Fale , também, da sua viagem que você fez ou tem planos para fazer.Opine, discuta, sugira, comente, poste, concorde e discorde. Aqui vale tudo, só não pode ficar parado enquanto milhares de pessoas estão na rede.Você está na estação. Ebarque nessa viagem.